Ricardo Barros Sayeg
A criação do Dia dos Pais é um pouco mais recente que a do Dia das Mães, porém surgiu no mesmo país: os Estados Unidos da América. Por lá, Sonora Luise, em 1909, motivada pela admiração que sentia por seu pai resolveu homenageá-lo com a criação de uma data que logo se estendeu pela cidade de Spokane e, depois por todo o estado de Washington.
Willian Jackson Smart era veterano da Guerra civil norte-americana e criou sozinho seus seis filhos após a morte da esposa no parto do caçula, em 1898. Sonora, ao ouvir um sermão dedicado às mães teve a idéia de homenagear seu progenitor. Algumas fontes de pesquisa dão conta que o verdadeiro nome do pai de Sonora era John Bruce Dodd, mas isso não tem a menor importância. O que importa é a criação dessa bonita e importante data.
O primeiro Dia dos Pais nos Estados Unidos foi solenizado em 19 de junho de 1910, que era o dia no qual se comemorava o aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo oficial da data: as vermelhas eram dedicadas aos pais ainda vivos e as brancas aos já falecidos. Em 1924, o presidente norte-americano Calvin Coolidge promoveu a ideia da criação de um Dia dos Pais comemorado nacionalmente e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson teria oficializado a data (apesar de alguns livros afirmarem que a data foi tornada oficial em 1972, pelo então presidente Richard Nixon).
No Brasil a data chegou através de um publicitário, Sylvio Bhering, e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de agosto de 1953, não por acaso, dia de São Joaquim, considerado pelos católicos, o patriarca da família. No caso do nosso país, a data foi alterada em seguida para o segundo domingo do mês de agosto, por motivos comerciais, ficando o dia portanto, diferente das comemorações norte-americana e européia.
Ricardo Barros Sayeg é Professor de História do Colégio Paulista e do cursinho Henfil, Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, formado em História e Pedagogia pela mesma universidade.