sábado, 13 de novembro de 2010

12º Feira do Livro na USP

A 12ª edição da Festa do Livro da USP será realizada nos dias 24, 25 e 26 de novembro, das 9 às 21 horas, no saguão do prédio da Geografia e História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Todos os livros vendidos durante o evento terão, obrigatoriamente, desconto mínimo de 50% em relação ao preço de capa praticado pelos editores.

Participam da Festa do Livro da USP cerca de 130 expositores, entre eles diversas editoras universitárias, que vão mostrar ao público um volume em torno de 15 mil títulos de seus catálogos, a maioria deles composta de novidades ou obras que foram publicadas recentemente.

A Festa do Livro da USP é um evento gratuito e aberto ao público geral. O endereço do prédio da Geografia e História é Av. Prof; Lineu Prestes, 338, Cidade Universitária, São Paulo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A República Brasileira

Ricardo Barros**

A palavra República deriva do latim: res publica (coisa pública). Esse sistema de governo foi criado pelos romanos que visavam descentralizar o poder político e evitar a ascensão de imperadores, após o período monárquico que durou de 753 a.C. até 509 a.C. No Brasil, essa forma de governo foi implantada em 1889, após a queda de Dom Pedro II do poder. Naquela época o Império brasileiro passava por uma crise profunda – falta de apoio do Exército, da Igreja, dos cafeicultores e daqueles que defendiam a abolição do trabalho escravo. Nossa república nasceu inspirada nos Estados Unidos da América. A primeira Constituição republicana, de 1891, estabelecia que o nome do Brasil seria Estados Unidos do Brasil, além disso, inspirada na carta magna norte-americana, nosso principal conjunto de leis pregava também o sistema federativo. O Brasil seria então, uma união de estados que gozavam de relativa autonomia frente ao poder central. O presidente da República governaria por quatro anos e não havia a possibilidade de reeleição. Naquela época o voto era bem diferente do atual. Só homens com mais de 21 anos e alfabetizados poderiam votar. As mulheres só teriam direito ao voto a partir de 1932.
No 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca que liderou um golpe militar, saiu às ruas do Rio de Janeiro, com espada em punho proclamando a nova forma de governo. O povo, de acordo com um espectador dos acontecimentos, Aristides Lobo: “assistiu àquilo bestializado”. Essa observação nos mostra que não houve participação popular naquele acontecimento político.
Muita coisa mudou de lá para cá. O Brasil passou por regimes ditatoriais e teve também uma série de anos marcados pela democracia. Acabamos de eleger a primeira mulher presidenta de nossa história. Antes, tínhamos eleito um operário e um intelectual como os mais altos ocupantes dos cargos da República, o que mostra o extremos amadurecimento de nossa república democrática.
Apesar dos diversos avanços em nosso sistema político, muita coisa ainda há de ser realizada. Há ainda muita corrupção no país; muito desvio do dinheiro público, muitos desmandos. Entretanto, nosso sistema político tem tudo para se aperfeiçoar e se tornar cada vez mais democrático. A existência de poderes consolidados e de uma imprensa livre são pressupostos para a consolidação de uma república cada vez mais participativa e pluralista. Ainda temos de superar nossos problemas de desigualdade social. Apesar do forte crescimento econômico dos últimos anos e a ampliação dos programas sociais terem melhorado significativamente a renda dos brasileiros, elevando o país ao posto de 8ª maior economia mundial, a classificação do Brasil no novo Índice de Desenvolvimento Humano Global (IDH) ainda mostra uma nação se debatendo entre o atraso e o futuro. Nosso país, de acordo com os últimos dados, ainda ocupa o 73º lugar no ranking da ONU!
Nesse 15 de novembro, data em que comemoramos a Proclamação da República no Brasil, temos muito o que fazer a fim de melhorarmos a situação de nosso país para as futuras gerações.
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Ricardo Barros Sayeg é Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, formado em História e Pedagogia pela mesma universidade e Professor de História do Colégio Paulista.

Haddad diz que problemas não justificam novo Enem

Ministro da Educação afirma que o exame pode ser aplicado a uma parte dos candidatos sem prejuízos.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirma que os problemas ocorridos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não justificam a realização de todo o exame por todos os candidatos novamente. Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira em Brasília, o ministro disse estar convencido de que a juíza do Ceará, que decidiu pela anulação do exame, vai mudar de ideia. Falhas de impressão em uma parte das provas e erro no cartão de respostas prejudicaram candidatos em todo o Brasil e provocaram a suspensão do Enem, decidida pela Justiça Federal do Ceará, e o pedido de anulação das provas de sábado, pela Defensoria Pública.

O governo defende que não é necessário que todos os candidatos repitam os exames, mas apenas aqueles que receberam os cadernos amarelos com falha na impressão e não trocaram por cópias sem erro durante a realização das provas. Segundo Haddad, o exame é realizado de forma que possa ser aplicado em diferentes datas com versões que garantem o mesmo nível de dificuldade para os candidatos.

"Estamos absolutamente seguros que a prova do Enem é tecnicamente sustentável sobre todos os pontos de vista. A prova é tecnicamente precisa", disse.

Para o ministro, o número de prejudicados registrado até o momento é pequeno em relação ao contingente total de pessoas que prestaram o exame. Pelo levantamento do Ministério da Educação só há confirmação, até agora, de uma escola em Sergipe que não conseguiu repor as provas com defeito. Há também casos isolados relatados, mas esses ainda não foram contabilizados pelo governo.

O portal para que os estudantes possam comunicar ao MEC problemas com a prova amarela ou solicitar a correção invertida do cartão resposta estará no ar até quarta-feira. Segundo o ministro, até agora, a data da reaplicação do exame não está confirmada. “Vamos observar o calendário universitário, para não fazer no mesmo dia de outros exames de grande porte”, destacou Haddad.

Suspensão do Enem

Haddad afirmou que o MEC não foi oficialmente informado sobre a decisão da juíza Carla de Almeida Miranda, da 7ª Vara Federal do Ceará, que suspendeu o Enem em todo o País. Segundo o ministro, o MEC irá explicar a metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI), utilizada no Enem e que permite aplicação de provas individualizadas, precisas e calibradas quanto ao nível de dificuldade. "As provas são rigorosamente comparáveis. Vamos levar essa questão à juíza. Tenho certeza que com os dados técnicos vamos convencê-la a rever sua decisão", afirmou.

O ministro enfatizou que o MEC recorrerá da decisão, caso a juíza não se convença de que os estudantes não serão prejudicados com a aplicação de uma nova prova. "Já tivemos inúmeras liminares contra o Enem. Quando esclarecemos à Justiça, o que tem acontecido é a revisão dessas liminares. É uma questão de levar às autoridades competentes as informações corretas", garantiu Haddad.

A divulgação do gabarito das provas do Enem está mantida para a próxima terça-feira (8). "Não estaríamos desrespeitando a juíza. Suspender (o Enem) significa a não utilização dos resultados que seriam divulgados somente em janeiro", ponderou.

Gráfica

A gráfica RR Donnelley, responsável pela impressão das provas do Enem, divulgou nota nesta segunda-feira em que afirma que foram distribuídos 21 mil testes com “defeito de ordenação”. Segundo o ministro da Educação, o contrato prevê aplicação de multa em caso de erro da gráfica, mas não especificou o valor. Os custos da reaplicação do exame serão assumidos pela gráfica, reiterou o ministro.

Quanto ao erro no cartão-resposta, que trazia os campos das provas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza invertidos, Haddad afirmou que a responsabilidade está sendo apurada. O ministro confirmou que a checagem da matriz do Enem é de responsabilidade do Inep, conforme consta no edital, mas afirmou que ainda não é possível identificar em qual parte do processo ocorreu o erro. "Abre-se um processo administrativo e se apura", enfatizou.

Segurança

Durante a prova de domingo, um jornalista do jornal do Commercio de Recife vazou o tema da redação do Enem. Com um celular, o repórter enviou uma mensagem de texto aos colegas da redação informando que a redação exigia um texto dissertativo sobre “O Trabalho na Construção da Dignidade Humana”.

Para Haddad, o incidente não significou uma falha de segurança. “Quando o repórter fez chegar ao público externo o tema da redação, todos os inscritos tinham conhecimento da redação e estavam dentro dos locais de prova com os portões fechados. Não nos parece o caso de perda de isonomia”, declarou. Segundo o ministro a Polícia Federal irá abrir um inquérito e apurar o caso. “Não há como alguém ter se beneficiado deste incidente. No mínimo ele (o repórter) burlou um edital.”

domingo, 7 de novembro de 2010

Enem 2010 pode ser cancelado

Agência Estado

O problema na impressão do cartão de resposta do Enem pode levar à anulação da prova, de acordo com a procuradora Maria Luíza Grabner, do Ministério Público Federal em São Paulo. Ela recomenda que estudantes que se sentirem prejudicados pelas falhas procurem o órgão para fazerem uma representação.

Os promotores devem avaliar as denúncias, as falhas na impressão e aplicação da prova e, caso seja constatado que houve dano coletivo, eles podem entrar com uma ação civil pública pedindo que o exame seja suspenso. "O Ministério Público Federal é a instituição que pode tomar uma medida nesse caso. Se for constatado prejuízo aos alunos, pedimos anulação do exame."

De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de São Paulo (OAB-SP), o erro de impressão gráfica é motivo suficiente para anulação do exame. "Qualquer problema que induza o aluno ao erro é motivo para anulação da prova. Isso não pode acontecer, é um absurdo, é estarrecedor", afirma o advogado Edson Bortolai.

Segundo ele, enquanto existir dúvida sobre o fato de os alunos terem sido informados ou não sobre a troca no cartão de resposta, cabe à entidade organizadora do exame provar que foram.

Bortolai afirma ainda que os alunos que tiveram despesas com viagens para a realização do exame podem pedir indenização caso ela de fato seja anulada. "Podem procurar o Procon, o Ministério Público ou entrar com uma ação individual", diz.

Para Leandro Tessler, coordenador de relações institucionais da Universidade de Campinas (Unicamp) e ex-coordenador do vestibular da instituição, o erro no cartão de resposta é mais um golpe na credibilidade do exame, que já registrou erros de gabarito no passado e chegou a ser cancelado em 2009, após o vazamento da prova. "É inacreditável. É o tipo de problema técnico que não deveria ocorrer, pois passa a ideia de desatenção por parte da organização", diz. Ele acredita, no entanto, que o erro não irá levar à anulação da prova. "Mais grave seria se houvesse alguma questão trocada. Aí seria caso para cancelar o exame", diz.

Maria Theresa Fraga Rocco, diretora da Fuvest, afirma que o erro no cartão de resposta provavelmente ocorreu por falhas técnicas. "Nunca tivemos problema semelhante na Fuvest, mesmo porque o número de provas é bem inferior ao do Enem", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.